Por que é importante continuar comunicando pautas ESG?
- Luciana Santos Tardioli
- 10 de abr.
- 2 min de leitura
Embora a sigla ESG venha causando uma série de confrontos ideológicos, ela continua relevante. Ou pelo menos o que ela representa.
As empresas têm compreendido cada vez mais o seu papel na jornada pela mitigação dos riscos causados pelas mudanças climáticas, bem como o seu papel social neste cenário.
Mas ainda que não façam pelo “bem”, ou seja, por um compromisso de responsabilidade ética, elas necessariamente vão se ver cada vez mais levadas a assumir pautas da agenda ESG pelo próprio mercado. Seja ele nacional ou internacional (mesmo com uma tempestade chamada Trump no caminho).
Alguns exemplos disso:
· O Certificado em Investimentos ESG do CFA Institute foi renomeado para Certificado em Investimentos Sustentáveis. Tudo continua igual, menos o nome. Analistas de mercado avaliam que essa decisão reflete mais uma “mudança de posicionamento mais relacionada à comunicação do que à essência das práticas”
· As empresas estão divulgando ainda mais os seus Relatórios de Sustentabilidade, conforme levantamento do World of Work Trends 2025, atentas ao fato de que o documento também é usado na avaliação dos investidores.
· O ISE B3 não caiu em desuso. Como diz o site da própria bolsa de valores brasileira, o índice apoia “investidores na tomada de decisão de investimento e induzindo as empresas a adotarem as melhores práticas de sustentabilidade, uma vez que as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês) contribuem para a perenidade dos negócios”.
· Ano que vem as empresas de capital aberto serão obrigadas a adotar o International Financial Reporting Standards (IFRS) – o que trará mais transparência aos relatórios de sustentabilidade.
Estamos ainda muito longe de alcançar a maturidade nas pautas de diversidade, equidade e inclusão e, apesar de todo o possível esfriamento que as medidas de Trump lá fora causariam em afiliadas de empresas localizadas aqui, existe um arcabouço legal que protege os direitos conquistados.
Assim, embora o termo ESG possa vir a cair em desuso por conta de toda a carga ideológica que erroneamente colocaram nele, ele poderá ser trocado por Sustentabilidade, em breve, mas mantendo as mesmas premissas do ESG tal como conhecemos hoje.
Comunicar as práticas ESG – desde que verdadeiras – posiciona melhor as empresas no mercado, atrai mais consumidores e investidores e contribui para a sustentabilidade do negócio.

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